sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

15 anos sem o doce Caio Fernando Abreu



Meu nome é Caio F.
Moro no segundo andar,
mas nunca encontrei você na escada.



Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como – eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. Preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor.Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço.Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.




Fragmentos de alguns trechos de textos dele. Uma pequena homenagem aquele que ainda serve de inspiração a muitos...

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E pela primeira vez ela não queria parar de chorar. Ela sabia que chorar não mudaria os fatos, mas chorar ajudaria aliviar aquilo que ela estava sentindo...




meeldiguees

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma noite de amor com qualquer pessoa jamais será tão intenso que o simples tocar de lábios com a pessoa certa.




Caio Fernando Abreu






As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem, há o que são e nem sempre se mostra.



Caio Fernando Abreu

sábado, 12 de fevereiro de 2011


E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo. E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.


Tati Bernardi




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

(...)Mas eu não posso reclamar. É, não posso reclamar. Mas eu queria reclamar, conversar, entender, decidir. Ou então gritar, berrar, rugir, enlouquecer até você verbalizar uma improbabilidade tal como "garota, cala essa boca lotada de marimbondos e pequenas palavras mal escolhidas e vê se escuta isso: eu amo você demais".




Gabito Nunes

Deitada a quase 1hr, escutando músicas que eu nem sei quais são. Meus pensamentos estão tão distantes que eu não consigo entender nada que falam as letras das músicas. Quando percebo estou viajando nos meus pensamentos, nos meus planos pra amanhã, pra daqui a 15 dias, pra daqui a 6 meses... Planos que com a mesma facilidade com que eu penso, os desfaço. Eu e minha grande mania de me iludir e ao mesmo tempo acabar com meus sonhos. Não gosto de ser assim, uma sonhadora realista. Que depois de voar, depois de tanto fazer planos desisto de todos eles, pois em nenhum deles eu estou só. Não gosto dessa minha dependência crônica nas pessoas, que nem nos meus sonhos eu consigo me livrar, porque em cada um deles eu dependo de outras pessoas pra tornar-los realidade. O fato é que eu sou uma daquelas pessoas que odeia se sentir só, e que acredita cegamente que basta uma boa companhia para tornar o mais puro tédio em diversão. Mas como ja dizia a música:


"É impossível ser feliz sozinho..."



meeldiguees